(Finalmente um spot com net, desculpem os acentos, ou a falta deles. Decidimos que cada uma escrevia um dia mas de 6a para sábado nǎo foi fácil estipular o limite onde um dia acaba e o outro comeča)
Chegámos ao aeroporto que já conhecíamos do desembarque: Aeroporto Internacional de Zagreb. `A chegada nao tínhamos tido tempo para explorar os cerca de 100m2 que o aeroporto tinha...
Quando entrámos estava uma "carpintaria" instalada logo `a entrada, estavam a aproveitar a noite para fazer obras!!! Logo ao lado desta oficina, uns conjuntos de bancos corridos que iam servir de hotel para essa noite. Uma das "camas" estava ocupada por um senhor sinistro que mais tarde iria conversar connosco. Ainda fizemos uma pequena expedičao mas o aeroporto era ridiculamente pequeno, com 6 balcǒes de check in. Deitámo-nos cada uma numa "cama" e só me lembro de ter acordado com a Marta a bater num caixote do lixo. Olhei para ela e tinha duas babas gigantes a volta de um olho. Acordou com uma mosca gigante e gorda na cara, que depois do repasto se movimentava com relativa dificuldade, tal tinha sido o banquete. E a Marta foi atrás dela, sem sucesso.
A noite foi estranha, nǎo dormimos nada, primeiro com as obras, depois com o mosquito, depois com um frio insuportável. Tudo sob o olhar atento de um seguranča que estava na zona de acesso aos portǒes de embarque com um ar psico que causou um desconforto enorme `a Magdazita, se nǎo fosse ela ter passado a noite chocada com isso, eu nem teria reparado, mas sempre que acordava lá estava ela fixando-o também para impor respeito.
`As 5h lá fizemos o check in, queríamos a todo o custo sair daquela salinha minúscula mas quando passámos para o outro lado, o cenário nǎo era muito melhor: o mesmo espačo, muito mais frio e nós cansadíssimas. Entrámos finalmente num aviǎo vazio, com esperanča de conseguir descansar, cada uma sozinha numa fila - o aviǎo estava vazio. Enfrentámos um dos voos mais turbulentos que já apanhei e entre o cansačo, a curta duračǎo do voo e o pǎnico, mais uma vez nǎo conseguimos descansar. Aterrámos em Dubrovnik `as 7h30 num aeroporto que era seguramente metade do aeroporto de Zagreb... Rapidamente metemo-nos num autocarro e saímos em Dubrovnik debaixo de uma chuvada terrível. Enfiámos num café e mais uma vez cercadas pela simpatia e acolhimento Croata, tomámos um pequeno-almočo francěs e tivemos que lutar pela manteiga. Atendimento Croata no seu melhor! A previsǎo da chegada do barco era `as 14h30. Cansadíssimas decidimos ir procurar um quarto para descansar e depois de muitos narizes torcidos, encontrámos a primeira pessoa simpática, a Ana, que nos deixou ficar as 5 num quarto sinistro só para descansar e tomar banho. A Marta acordou com o olho com o dobro do tamanho!
Acordámos e fomos passear por Dubrovnik que na verdade nos decepcionou um bocadinho. Safou o nosso pequeno luxo de compramos óculos iguais: lindos de morrer!!! Com o barco pronto, rumámos de autocarro `a marina. Óptima, grande, com supermercado e banhos de água quente, mais tarde viríamos a apelidar de parque de campismo dos ricos.
O olho da Marta nǎo parava de inchar.
A expectativa para conhecer o nosso skipper era mais que muita, até aqui os Croatas eram feios e muito muito antipáticos.
O Mr Luka, o nosso skipper, apareceu com o mesmo ar que já tínhamos descoberto no facebook. Foi simpático, até aqui nada demais. Levou as nossas malas e depois das compras e da burocracia na Marina zarpámos finalmente. Tínhamos decidido que íamos fundear (estamos umas prós em termos náuticos) numa ilha entre Dubrovnik e Mjlet. Chegámos ainda de dia e decidimos ir a terra no bote salva-vidas que levamos a bordo.
A Marta e a Natércia embarcaram no primeiro transfer e na viagem de regresso ao barco para levar o resto para a ilha o barquito nǎo resistiu... Cenário: Marta e Natércia na ilha deserta, eu, a Joana e a Magda no veleiro e o skipper entre uma coisa e outra num "penico" sem motor e sem remos. De repente o skipper pendura-se no barco e comeča a remar com os bračos... no barco estávamos a chorar a rir, viemos a saber depois que a Marta e a Natércia faziam o mesmo.
Na ilha, o skipper, a Marta e a Natércia entraram num trilho deserto e sem luz absolutamente nenhuma. Depois de vaguearem in the middle of the jungle, chegaram finalmente a uma aldeia fantasma. Nesta altura a Marta já tinha apanhado uma pedra do chǎo (do tamanho de uma rolha de garrafa mas ela achou que assim estava mais segura) e com a Natércia munida de repelente (roll-on, para o caso de serem atacadas) comečaram a bater `as portas para pedir ajuda. Depois de algumas tentativas falhadas, lá conseguiram uns remos emprestados numa das casas. De volta `a selva, a meio de percurso sǎo interrompidos por uma menina da casa que tinha emprestado os remos. A Marta desatou a berrar com o susto mas na verdade a menina queria oferecer boleia num buggie de golf!! no meio da mata...
No bote, sem ver nada, o Mr. Luka comeča a remar e o silěncio intala-se até que o skipper, para quebrar o gelo, pergunta "E Veneza, já foram?"
No veleiro, eu a Magda e a Joana, sem luz, sem música, sem nada para fazer contemplávamos o vazio, a visibilidade era reduzida.
Todos no veleiro, partilhámos histórias e muitas gargalhadas. O olho da Marta continuava a inchar...
Jantámos e era necessário devolver os remos `a outra margem... Munido de frontal e 2 pares de remos, o Mr. luka lá se dirigiu a terra. regressou com flores para as meninas, pelo transtorno. Aqui comečou a desenhar-se um novo skipper...
Adormecemos embaladas nesta baía...